A morte e nascimento da voz FEMININA

Cheguei em BH viagem a trabalho. No aeroporto tivemos que redistribuir o peso da mala para não passar. O parceiro perguntou o que poderia ter, já que não costumo levar muitas coisas. E então digo que foram cinco livros para concluir um trabalho, queria aproveitar uns dois dias que terei. Ele sorriu e então dividimos os livros.

Eu estava cansada, confesso que até desanimada, porque o que mais temia estava acontecendo: a raiva social das pessoas emergindo e isso, galera, nada tem a ver com eleição. E sim com educação e caráter.

Enfim, tomei um banho e liguei a televisão. E lá estava aquele sinal que esperamos de forma inconsciente do nosso Deus. Um sinal que diz: vamos, o caminho é esse mesmo. E aqui peço sua atenção, mulher que exerce seu direito de voz, pra gente conversar sobre.

AS SUFRAGISTAS
  • A primeira vez que o Brasil falou sobre voto foi em 1532 para Conselho Municipal.
  • E em 1821 a nível nacional somente para homens livres.
  • Primeiro voto para presidente aqui foi em 1891.

Fonte: TRE
Sobre este tema tem ainda a indicação do livro de Jairo Nicolau, sobre a história do voto.

AGORA VAMOS FALAR SOBRE AS #MULHERES

Eu entendo que o direito da mulher trabalhar fora era algo, a longo prazo, previsto de acontecer. Era necessário para a sociedade que evoluía e crescia economicamente. Se isso era saudável, se foi pensado de forma justa, se ampliou as escolha ou impôs obrigações, são outros pontos que não vou tocar aqui agora. Aqui quero enfatizar que: trabalhar fora é algo aceitável durante a evolução e progresso de uma comunidade.

MAS DIREITO A FALAR, #VOTAR, TER VOZ, É OUTRA QUESTÃO. E AGORA VALE ATENTAR PARA AS DATAS:

Mulher, entenda não me interessa em quem você vota ou sua ideologia defendida, não é essa a questão e sim: você tem voz e exerceu seu direito de votar em quem desejou. E isso, aqui no Brasil, só foi possível em 1932. Se considerarmos a primeira vez que se falou de voto aqui, estamos falando de 400 anos depois. Se falarmos de uma primeira vez a nível nacional estamos diante de 111 anos de diferença.

Essa diferença não pára aqui no voto. O prédio do congresso foi inaugurado em 1960 e teve seu primeiro banheiro feminino em 2016. Aqui temos 56 anos de diferença. Levando a nível mundial, existem lugares que a mulher até hoje não tem voz. Levando a outros pontos, durante muitas gerações quem tinha direito aos filhos eram os pais e não as mães. E sempre foi necessário extremo para conseguir igualdade, como a morte vezes muitas.

A IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE PARA O ANDAMENTO DA SOCIEDADE

Existem pessoas que seguem suas vidas e se dedicam ao seu trabalho pessoal e se adaptam a realidade que encontram. Outras abrem mão de seus privilégios e se dedicam a limpar o caminho para adaptar o mundo para as pessoas se sentirem confortáveis e terem oportunidades nele. E assim conseguirem os seus desejos pessoais. Entende?

É uma com a outra. O preconceito contra a mulher é algo do inconsciente coletivo e quanto mais as gerações passam torna-se mais sutil. Por isso falarmos sobre sua origem, termos consciência do respeito e #sororidade torna-se urgente. Porque isso afeta sim, a vida de homens e mulheres. E muito além de opiniões pessoais, é importante exercitarmos a empatia e respeito umas com as outras. E sim, essa conversa é urgente.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *