Mulher, já te chamaram de mandona? Bora descobrir aqui o que ninguém te conta

LIDERANÇA FEMININA

um assunto muito em voga hoje.

O que você espera de um líder?

Hoje encontramos diversos pontos destacando, listando e até ensinando a como se tornar um líder.

Dentro de tantas habilidades, podemos destacar as apontadas pela Alice H. Eagly, professora de Psicologia na Universidade Northwestern, Artes e Ciências no Instituto de Pesquisa Políticas e professora de Administração e Organizações. Também docente na Michigan e Universidade de Massachusetts em Amherst e Purdue. Alice também é autora de A verdade sobre como as mulheres se tornam líderes (Harvard Business School Press), a lista destaca:

  • Tomar a iniciativa
  • Demonstrar integridade e honestidade
  • Ter foco em resultados
  • Inspirar e motivar os outros
  • Desenvolver relacionamentos
  • Colaborar e trabalhar em equipe
QUAIS DESSAS CARACTERÍSTICAS NÓS ESPERAMOS QUE UMA MULHER TENHA AO LIDERAR?

(guarde a resposta e continue a leitura)

É fato que homens e mulheres hoje tem mais igualdade no papel do que antes, todavia é possível perceber grandes diferenças entre teoria e realidade. E para destacar esse fato a fundação Lean In criou uma campanha que fala sobre como as mulheres são vistas e reconhecidas quando assumem a função e atitude de líder nas empresas:

EU NÃO SOU MANDONA. EU SOU LÍDER.

O princípio da relatividade linguística diz que “as palavras utilizadas influencia a nossa maneira de ver o mundo” e essa campanha enfatiza a importante relação entre as palavras que escutamos e nossas atitudes e segurança.

QUANDO A MULHER OCUPA UM LUGAR DE LIDERANÇA ASSUME RESPONSABILIDADES, TOMA DECISÕES E DIRECIONA SUA EQUIPE E TENDE A SER VISTA COMO EXCESSIVAMENTE AGRESSIVA, TEIMOSA OU MANDONA.

Ao tirarmos os rótulos da mulher e olharmos para as atitudes e responsabilidades que ela assume é possível perceber que mulheres líderes estão mais em busca de respeito do que de reconhecimento – ou de serem vistas como a estrela do show . Esse comportamento – de assumir responsabilidades e decisões – parece ser mais condizente com uma pessoa que deseja abrir espaço para que outros brilhem, do que com alguém que aspira dominar e mandar. E acredite, mulher, isso assusta uma pessoa insegura.

E VOCÊ ACHA QUE A HISTÓRIA TODA COMEÇA NA LÍDER, CHEFE, EXECUTIVA, MULHER QUE ASSUME UMA POSIÇÃO DE DESTAQUE NA EMPRESA?
A RESPOSTA É NÃO.

“MUDE AS PALAVRAS E NÓS MUDAMOS O FUTURO.”

A mulher, líder quando consegue chegar a esse posto já superou outras barreiras quando ainda era uma garota bem mais nova, descobrindo sua energia. E justamente nesse período de descoberta que o mundo começa a ofuscar sua força e ela passa a desacreditar no seu potencial de líder, sabia?

Desde a infância, quando a menina começa a ter atitude e postura de líder, ela é discriminada. Enquanto seus amiguinhos são aclamados por serem os capitães dos times, ela é repreendida quando se posiciona demais – pelos colegas e até mesmo pelos professores. A mudança começa no início e pela estrutura familiar e escolar.

Hoje temos um mundo onde menos de 5% dos cargos de CEO da Fortune 500 são ocupados por mulheres , com 22 mulheres liderando nações – aliás, um recorde histórico. Se parte deste panorama pode ter sido influenciado pelos comportamentos repreensivos de pais e professores, é algo a se pensar.

E quando as mulheres enfrentam e vencem essas dificuldades e preconceitos nas diversas etapas da sua vida e conseguem colocar sua essência de líder em prática? Então, um dilema aparece: Conflito interno entre profissão e família.


AGORA TE PERGUNTO NOVAMENTE, QUAL DAS CARACTERÍSTICAS DE LIDERANÇA VOCÊ ESPERA EM UMA MULHER?

A consultoria Zenger Folkman fez essa mesma pesquisa sobre eficácia em liderança considerando uma avaliação 360graus com cerca de 16 mil líderes, sendo um terço mulheres. Na média geral, elas conquistaram um índice de eficácia de 54,5% contra 51,8% dos homens . Homens e mulheres são diferentes, afinal quais as características que elas superam eles? Ainda que interesse às empresas o quanto eles são bons em competências que geram resultados e eficácia  significa isso, vamos deixar essa conclusão de lado e nos aprofundar um pouco mais.

Já aqui foram consideradas 16 competências consideradas pelo instituto como típicas de líderes. E os índices alcançados pelas mulheres foram superiores aos dos homens em 12 delas:

Mulheres geralmente são reconhecidas por competências de liderança mais sutis, tais como: desenvolver os outros, construir relacionamentos e colaboração e trabalho em equipe, o que se confirmou na pesquisa. Todavia, as características em que elas mais se sobressaíram foram: tomar a iniciativa, demonstrar integridade e honestidade e foco em resultados – competências nada sutis e com grande impacto nas empresas. Mulheres gostam de esbanjar motivos. São máquinas de feedback . Nas conversas entre elas, se orgulham por demitir o cara que só atrasava suas vidas. É admirável a coragem do sexo frágil em querer ser feliz.

Assim fica fácil perceber que mulheres são vistas como mais eficientes em realizar coisas, serem bons exemplos e entregar resultados. Com competências assim, não deveriam restar dúvidas de seu poder de liderar quaisquer organizações rumo a seus objetivos.

Como conseguimos tantos resultados positivos assim? Ora, a gente supera preconceitos e vencemos nossos conflitos internos, que muitas vezes nos levam a uma jornada dupla para mostrar nossa capacidade, ganhar respeito na empresa e satisfação fora dela.

Então por que ainda temos uma quantidade tão inferior de mulheres conduzindo o mundo? Bora pensar um pouco sobre como nós, mulheres, olhamos pra gente.

Em sua palestra no TED, Sheryl Sandberg conclui seu depoimento com :  “ as mulheres subestimam sistematicamente suas habilidades ”.

Após percorrer a maratona de vencer todos os obstáculos que encontramos, nós ainda temos um último: a nossa mente.

Então uma solução é alimentar nossa mente com a capacidade que temos e acreditando em nossas habilidades. Não desanimar diante de palavras que escutamos sobre nossa postura ou maneira de conduzir as coisas.

Não somos mandonas, controladoras e nem loucas. Somos líderes, fortes, observadoras, únicas e multifacetadas.

A verdade é que os ambientes, predominante masculino ainda estão aprendendo a lidar com essa diversidade que somos. E os mais fracos se assustam tanto que para se sentirem mais seguros, precisam nos rotular e menosprezar.

SOMOS MUITO MAIORES QUE ISSO.