Mulher, o que te impede: Labirinto ou teto de vidro?

Duas décadas atrás, a expressão “teto de vidro” começou a ser usada para descrever a barreira encontrada pela mulher rumo a postos de alto comando. O tempo passou e hoje, Eagly e Carli, da Northwestern University e da Wellesley College sustentam no artigo (baseado no livro da dupla lançado pela Harvard Business School Press) que a metáfora deixou de ser útil e que pode, inclusive, levar gestores a menosprezar medidas que combateriam o problema da dificuldade da mulher em cargos de alto comando pela raiz. Para as autoras a figura de um labirinto seria mais condizente para ajudar a organização a entender e a remover os obstáculos ao avanço da mulher.

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Quando somados todos os fatores, surge uma nova explicação para a escassez de mulheres no comando de empresas. Não é o teto de vidro, como antes se pensava ser que impede a ascensão, mas vários obstáculos ao longo do caminho. O que Eagly e Carli, denominam de labirinto, por simbolizar a complexidade e a variedade dos desafios que a mulher pode enfrentar nessa jornada. Cruzar um labirinto requer persistência, consciência do próprio progresso e uma análise atenta das dificuldades mais à frente.

É possível, sim, transpô-lo, mas o caminho é repleto de voltas e desvios, tanto previstos como imprevistos. Alguns deles são: vestígios de preconceito contra a mulher, questões ligadas ao estilo de liderar e à autenticidade na liderança, além de responsabilidades no lar, são alguns dos desafios.

A pressão para um cuidado intensivo dos filhos e o alto tempo exigido pela maioria das ocupações profissionais de alto nível deixam à mulher pouco tempo para socializar com colegas e tecer redes de contatos profissionais, ou seja, para acumular o capital social essencial para a ascensão de um executivo.

AS SOLUÇÕES PROPOSTAS:

mudar a cultura de longas horas de trabalho, usar ferramentas abertas de recrutamento e preparar a mulher para postos de gestão operacional, entre outras, são variadíssimas. Juntas, trazem a esperança de que o ideal do equilíbrio no comando seja atingido ainda em nossos tempos.

Como diria @Cortella em seu Instagram: Será?